quinta-feira, 26 de março de 2009

Ai, você por aqui?


Ontem á tarde, eu estava tranquilamente em casa quando um amigo meu, que vamos chamar de R.; me mandou um SMS assim: " Vi o C. Tô muito mal. È normal?" Esclarecimento um: C é o ex namorado do meu amigo. Ah, esclarecimento dois: meu amigo é gay. Continuando: R não gosta mais do ex. Na verdade, ele ja ta de rolo com outra pessoa. No entanto, ficou mal só de ver o cara. E ficou pior ainda quando descobriu que o cara também estava, adivinha... todo serelepe com outra pessoa. Faz sentido?Bem, como você ja deve ter percebido, não há muitas regras em relação ao que sentimos em relação aos nossos ex. Como diz minha mãe, cada um é cada um , né? Cada dois, então, é complicadíssimo. Tem gente que se sente bem a ponto de desenvolver toda uma amizade com o ex, tem que se sinta mal e vai chorar antes de acabar essa linha, tem quem reage tão bem que ainda fica com ele... Tem de tudo nessa vida. Claro, dá para a gente generalizar um pouco a situação: se você se sente mal assim, pode ser que goste dele; se se sente bem, não gosta.Mas também pode ser que você não goste dele e se sinta mal, e é disso que estamos falando. Quer diser, primeiro me garanta uma coisa: não gosta mais dele MESMO? Ou esta me enganando? Então, continuemos(sou desconfiada, admito!). Se não gosta, por que se sente mal? Por quê? Por quê? Pra variar, não sei por que, mas vou levantar algumas hipóteses para ajudá-la a pensar, caso esteja passando por isso . Quer diser, pode ser que você se sinta ainda mais confusa. Vai saber! Não te conheço! Enfim, vamos lá.Primeiro: pode ser que você seja uma pessoa egoísta. Você simplesmente não consegue conviver com o fato de seu ex estar numa boa, mesmo sem ter você colorindo os dias dele.Outra possibilidade: você é dessas pessoas que não se relacionam com a entidade ex. Não importa por que terminaram: ele é passado, e quem vive de passado é museu. E bola para frente que para atrás vem gente. Aí, quando o fantasma atravessa seu caminho, você leva aquele susto e fica meio assim.E, sem querer dar uma de piscóloga, também pode ser trauma, né?Você não é mais a fim dele, mas, ao vê-lo, lemquebra desentientos profundos que levou anos para entender, é invadida por memórias que talvez nunca tenha apagado de fato etc, etc, etc.Como você vê, não faltam possibilidades. Fora essas, tem várias otras. Deixei para o fim a minha preferida: a de que o amor não tem que fazer sentido. Às vezes, até faz-mas, outras vezes, não: nem quando vem, nem quando vai embora. Fazer o quê? No caso do meu amigo, depois de desistirmos de investigar os motivos, nos contentamos com essa falta de lógica matemática dos sentimentos (o que não foi nada difícil porque a gente odeia matemática). E, aí, só nos restou a ideia de nos encontrar para tomar um sorvete, que, para nossa alegria, não pede nenhuma explicação da nossa parte.

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